Em parceria com diversas organizações e movimentos, o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos divulgou no último sábado, 29 de julho, um estudo inédito sobre a situação das juventudes nas ocupações do centro de São Paulo chamado “O Panorama das Juventudes nas Ocupações”, trazendo reflexões sobre questões geracionais no processo de luta pelo direito à cidade, especialmente reconhecendo as mudanças de tempo e de olhares sobre a vida.

No mesmo dia, foi aberta a exposição fotográfica itinerante do Rolezinho da Cidade, com fotos tiradas pelos participantes das 1ª e 2ª edições do Rolezinho, durante as caminhadas realizadas pelo Centro de São Paulo, visitando ocupações e instituições, para conhecer mais sobre o contexto do direito à cidade a partir de relatos de luta e resistência narrados por lideranças sociais e outros profissionais.

A pesquisa teve como objetivo levantar informações e percepções das lideranças em relação às juventudes de dez ocupações localizadas no centro da cidade de São Paulo e acompanhadas pelo Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos (CGGDH). Foi aplicado um questionário com perguntas abertas e fechadas às lideranças dessas ocupações, que compõem os movimentos organizados em defesa do direito à moradia e à cidade. O questionário abrangeu seções temáticas de identificação, perfil, atividades cotidianas (indicadores gerais), desafios atuais e visões sobre as juventudes nas ocupações.

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O Panorama das Juventudes nas Ocupações

A equipe de entrevistadoras e entrevistadores foi composta por membros do CGGDH e de instituições parceiras, como a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, o Arquivo Histórico Municipal, o Museu da Língua Portuguesa, a Pinacoteca de São Paulo e o Sesc Bom Retiro.

A pesquisa considerou as juventudes com base na definição contida no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Estatuto da Juventude, bem como a idade mínima para participação nas duas edições do projeto “Rolêzinho na Cidade”, que serviu como ponto de partida para a realização do estudo em questão. Assim, a juventude foi compreendida como pessoas entre 14 e 24 anos, sendo de 14 a 17 anos classificados como “jovem adolescente” e de 18 a 24 anos como “jovem adulto”.

Além do objetivo inicial da pesquisa, espera-se desenvolver um conjunto de atividades educativas e culturais para as juventudes das ocupações e da região central de São Paulo, reconhecendo seu papel ativo e protagonismo em parceria com as instituições colaboradoras.

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