Para ouvir as famílias e debater mais o assunto, o grupo Atingidos pelo Monotrilho fará uma live no dia 12 de junho (sábado), às 18h, pelo youtube e facebook do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos

Anunciada como um importante legado da Copa do Mundo de 2014, a linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo, que deveria fazer a interligação entre a rede de trens metropolitanos da cidade e o aeroporto de Congonhas, segue causando prejuízos irreparáveis a centenas de famílias.

Em 2012, quando as obras se iniciaram, quase 500 famílias foram removidas das favelas do Comando, Buraco Quente e Piolho, local onde moravam há mais de 30 anos, para a construção do monotrilho que ligaria o estádio do Morumbi, então ‘futuro estádio da Copa do Mundo no Brasil’, e o aeroporto de Congonhas.

A remoção foi imposta às famílias, que teriam duas opções: indenização que poderia chegar no valor máximo de R$ 119 mil ou auxílio aluguel pago pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) até atendimento habitacional definitivo em empreendimento da própria companhia.

Como se sabe, a obra do monotrilho não foi finalizada e o estádio do Morumbi não foi o estádio da Copa do Mundo. Contudo, as 121 famílias ainda aguardam o início das obras dos empreendimentos da CDHU para atendimento habitacional. São adultos, idosos e crianças que foram morar às margens da cidade ou que passam de uma moradia a outra em busca de um aluguel que se enquadre no valor disponibilizado pela prefeitura.

Casas destruídas, comunidades desfeitas, histórias que se perderam e famílias que aguardam há quase 10 anos pelo seu direito à moradia, eis o legado da Copa do Mundo às pessoas que moravam nas favelas. E agora, a história se repete. A favela da Vila Prudente, formada na década de 1940 e que possui mais de 1.700 famílias está ameaçada de remoção pela construção do monotrilho. A expansão da linha, que ligará as estações da Vila Prudente à Ipiranga da linha 10 – Turquesa – da CPTM, atravessará a favela. O impacto, o número de famílias atingidas e sua destinação ainda são incertos.

As famílias não conseguem diálogo com o metrô e são impedidas de discutir os projetos que impactarão diretamente suas vidas. O risco é de que ocorra na Vila Prudente desfecho semelhante ao das favelas do Comando, Buraco Quente e Piolho.

LIVE

Para saber mais sobre a realidade enfrentada pelas famílias impactadas e debater o assunto, o grupo Atingides pelo Monotrilho fará uma live no dia 12 de junho, às 18h, pelo youtube e facebook do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos. Clique para definir o lembrete e ser avisado antes da live começar:

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