Na sexta-feira (11 de julho), às 9h30, entidades de direitos humanos, movimentos sociais, associações de migrantes e representantes parlamentares realizam um ato no Brás para marcar os 90 dias do assassinato do trabalhador ambulante senegalês Ngagne Mbaye, morto por um policial militar durante a Operação Delegada. A concentração será no local onde o trabalhador foi assassinado, na Rua Joaquim Nabuco, onde Mbaye foi baleado durante uma abordagem policial enquanto fazia uma pausa para o almoço.
O protesto é organizado pela Campanha Pelo Fim da Operação Delegada, que engloba Fórum dos Ambulantes, Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos, coletivos de migrantes e outras organizações, e contará com a participação de ambulantes de diferentes regiões da cidade. Também confirmaram presença mandatos parlamentares e entidades que atuam na defesa dos direitos dos trabalhadores informais e migrantes.
A manifestação terá trajeto definido pelas ruas do Brás, região marcada pela expressiva presença de trabalhadores ambulantes e forte aparato policial. O ato denuncia a escalada da violência policial contra ambulantes, especialmente migrantes e negros, e reivindica o fim da Operação Delegada — convênio que permite a atuação da Polícia Militar na fiscalização do comércio informal e que, segundo denúncias, tem resultado em abordagens violentas, apreensões arbitrárias e mortes.
Entre as pautas da mobilização estão a responsabilização dos agentes envolvidos nas mortes de Ngagne Mbaye e outros trabalhadores, a retirada imediata da Polícia Militar das ações de fiscalização do comércio ambulante, investigações transparentes e independentes, e a implementação de políticas públicas que valorizem e regularizem o trabalho ambulante, respeitando a diversidade cultural e os direitos humanos.
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