Para marcar o mês da Consciência Negra, o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos realizou na última sexta-feira, dia 27, uma roda de conversa entre participantes do Programa Reviravolta e o militante do movimento negro no ABC Paulista, músico e ativista do hip-hop, Ba Kimbuta.

O Reviravolta contribui para que a população em situação de rua, que busca inserção social e de trabalho, organize a vida pessoal e tenha acesso a políticas públicas de inclusão. A atividade de sexta-feira foi proposta para reflexão dos participantes do programa sobre a importância de discutir as desigualdades e violências contra a população negra ainda existentes em nossa sociedade e promover ações cotidianas de combate ao racismo.

“Sempre trazemos em nossas oficinas reflexões sobre desigualdade social provocando a compreensão da pobreza, vulnerabilidades e até a situação de rua como consequência. Mas nesta conversa falamos mais especificamente sobre violências que a população negra sofre diariamente e como isso é uma questão estrutural”, comenta Vivian Lima da Silva, assistente técnica que atua no Reviravolta.

A atividade aconteceu pela manhã, com uma apresentação da proposta e do artista Ba. Além da reflexão, ele apresentou ritmos como o Coco, Jongo, falou sobre a capoeira e sobe a importância da resistência cultural para a identidade negra.

“Quando os participantes falaram sobre as cotas, por exemplo, o Ba pontuou também o quanto o racismo impossibilita a equidade e falou como o ato de promover o acesso à educação e ao trabalho deve ser uma reparação histórica, o que foi bem interessante porque todos conseguiram associar o racismo como ferramenta de desigualdade no dia a dia”, complementa Vivian.

Para finalizar, foi servida uma feijoada com direito a cocada de sobremesa.

Programa Reviravolta

Por meio de atividades coletivas, experiência temporária de geração de renda com reciclagem, oficinas de formação, cidadania, educação ambiental e acompanhamento social, o Programa Reviravolta colabora para que seus participantes reorganizem a sua vida pessoal e tenham acesso a políticas públicas de inclusão social.

Também é realizado o acompanhamento à Cooperativa Coopere-Centro, em seus aspectos sociais e organizacionais, e a participação em articulações em redes de incidência visando a ampliação e qualificação das políticas públicas para a população em situação de rua da cidade de São Paulo.

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