A Vila Nova Esperança, uma comunidade com mais de 40 anos de existência, está lutando incansavelmente por sua regularização fundiária e contra a ameaça de remoção imposta pelo CDHU. Para tomar uma decisão coletiva e definir seu futuro, a Vila realizará um plebiscito neste fim de semana, dias 4 e 5 de novembro.
O plebiscito é um importante mecanismo de participação popular que permite a consulta coletiva sobre questões de interesse comum. Durante a Assembleia no início de outubro, os moradores aprovaram a realização do plebiscito como forma de tornar pública a decisão dos habitantes: se desejam permanecer na Vila Nova Esperança ou aceitar o atendimento proposto pelo CDHU.
Neste sábado e domingo, todos os moradores com 16 anos ou mais terão a oportunidade de expressar sua vontade, determinando assim o futuro de sua comunidade. A decisão tomada será um pedido claro para que o Ministério Público, o CDHU e outras entidades públicas respeitem e atendam o resultado do plebiscito.
QUEM PODERÁ VOTAR: Todos os moradores maiores de 16 anos poderão votar, assinando a lista com nome, RG ou CPF, nome da rua e número da casa.
Vila Nova Esperança
A Vila Nova Esperança enfrenta a ameaça de remoção devido a uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Meio Ambiente. Esta ação prevê a remoção da comunidade para dar lugar a empreendimentos da CDHU. Mesmo com um pedido de Regularização Fundiária em andamento desde 2016, apresentado pela Associação da comunidade, a CDHU tem pressionado os moradores a aceitar a remoção, ignorando a incompatibilidade econômica das famílias com os novos empreendimentos.
Apesar de existir um processo de Usucapião em andamento desde 2012 e um parecer favorável à regularização produzido pelo CAEX do Ministério Público, a CDHU continua insistindo na remoção das famílias. Parece que os moradores e a situação da Vila nunca foram efetivamente considerados pelo Ministério Público, CDHU e Judiciário.
A Vila Nova Esperança é uma comunidade consolidada que atende a todos os requisitos para a regularização fundiária. Portanto, os moradores estão determinados a dizer “NÃO” à remoção.
(Foto: Agência Mural)